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mar 15

Dia Internacional das Danças Circulares Sagradas – 14/03/2017

 

Comecei a dançar em roda há pouco mais de dois anos, e me apaixonei no exato momento em que, de mãos dadas, fui conduzida pela força do círculo, pela música dos quatro cantos do mundo e pelos passos cheios de sentido. Entendi que ali algo muito especial acontecia, e que nem sempre pode ser nomeado, basta ser vivido.

Ontem, dia 14/03, comemoramos o Dia Internacional das Danças Circulares Sagradas. Não consegui postar esse texto ontem, mas corri aqui para deixar minha homenagem a esse movimento tão lindo e singelo.

A partir da minha participação em grupos de Danças Circulares, tenho tido muitas surpresas agradáveis: pessoas que despertam para vida, sentimentos acolhidos através de mãos dadas, conscientização do cuidado com o planeta, integração com o nosso centro, olhares expressivos que se comunicam sem palavras, mas através de uma fala que vem do coração. Dançar em roda é resgatar nossas raízes, acordar nossa criança interna, descobrir cantinhos escondidos dentro de nós mesmos, abrir-se para o outro e ter a oportunidade de ser acolhida por ele.

É incrível o poder que tem um grupo de pessoas que dançam de mãos dadas em círculo! Talvez porque a dança seja uma das manifestações humanas mais antigas. Isso é um fato que a arqueologia nos mostrou através das pinturas rupestres de rodas de dança, as quais possivelmente tinham um caráter ritualístico, sagrado. Avançando no tempo, constatamos a presença da dança em momentos importantes como: nascimento, morte, casamento, comunicação com os deuses, época das colheitas, entre outrosm de acordo com a cultura de cada povo.

Bernhard Wosien, bailarino e coreógrafo alemão, nos anos 60, começou a se dedicar ao estudo das danças tradicionais de diversos povos, e em 1976 foi convidado a ensinar essas danças em uma comunidade no norte da Escócia, chamada Findhorn. Foi assim que nasceu o movimento que conhecemos hoje como Danças Circulares Sagradas.

O movimento chegou no Brasil em 1987, apresentado por Carlos Solano Carvalho, que morou em Findhhorn durante seis meses, mas ganhou força mesmo a partir de 1995, com a focalizadora Renata C. L. Ramos e Sirlene Barreto. Hoje podemos encontrar focalizadores de DCS em diversas cidades do país.

Não há limite de idade: dançam crianças, jovens, adultos e idosos. Não há o passo errado ou o “ter que saber dançar”, e sim a vontade de dançar.  Segundo Maria Angélica de Melo Rente, “Seu poder de integração e resgate do sagrado na vida cotidiana fez com que as Danças passassem a ser utilizadas em diferentes contextos, entre eles o educacional, o corporativo e o da saúde”.

Com esse texto, quero prestar a minha homenagem a todos os focalizadores de Danças Circulares Sagradas, principalmente os que conheci e tive o prazer de dançar de mãos dadas – todos muito especiais e queridos!

E para fechar o post, uma curiosidade: o dia 14/3 foi escolhido como Dia Internacional das Danças Circulares por fazer referência ao número “Pi”, aquele que aprendemos nas aulas de matemática, o 3,14. Segundo Renata Ramos “O dia escolhido está diretamente conectado à geometria, à serie Fibonacci, que na literatura é representada pela letra grega PI. Muito resumidamente, essa medida áurea traduz a beleza da natureza e sua evolução em espirais. Olhando para um girassol ou uma margarida é possível entendê-la”.

 

Escrito por Anna Paula R. Mariano

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