Sinopse:
Na Hungria, após o fim da Segunda Guerra Mundial, uma nação de sobreviventes do holocausto tenta se curar através do amor. Em meio ao conflito nacional e ao trauma, um médico de meia idade e uma jovem menina de luto por familiares perdidos em campos de concentração formam uma conexão e ajudam um ao outro a retomar suas vidas.
Reflexões…
Dois personagens tão diferentes e tão iguais.
Ele, médico, fechado, carrancudo ou triste(?), nos seus 40 e poucos anos.
Ela, uma garota de 16 anos, olhar decidido ou assustado (?), cheia de questionamentos, irreverente.
Uma dor os une – a dor da perda, da incerteza, da espera eterna, do horror.
Para aqueles que ficaram, a vida segue seu rumo. Mas como encontrar sentido, quando esse sentido é arrancado da vida de alguém de forma tão cruel? A resposta está na possibilidade das novas relações construídas, mesmo que a partir da dor, mas com a abertura para o afeto, a troca, a dança, a leveza e assim, uma nova chance de viver.
Para além do sofrimento, existe aquele momento de virada, de entender que a dor precisa ser acolhida, ter seu tempo, e depois ganhar novos contornos. Fica a marca, a lembrança, mas a dor vai cedendo espaço para que outras lembranças sejam registradas e componham a história de vida de cada um. O sorriso começa a aparecer, novos planos são traçados. Novas perspectivas, novas relações. E assim, no encontro com o outro, podemos encontrar novamente o prazer de viver.
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